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Marta Suplicy pede demissão do Ministério da Cultura

 

Ex-prefeita de SP ocupou o cargo por dois anos. Secretária-executiva vai assumir a pasta

 

Em carta, Marta Suplicy disse que vai retornar ao Senado Federal, onde pode exercer o mandato de parlamentar por mais quatro anos

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, pediu demissão do cargo nesta terça-feira (11). Ela enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff. Marta Suplicy esteve à frente da pasta por dois anos e agora retorna ao Senado Federal, onde pode exercer o mandato de parlamentar por mais quatro anos. 

No texto protocolado na Casa Civil, Marta agradeceu a oportunidade e disse que seu trabalho foi focado na “inclusão da população na produção de cultura e ampliação do acesso aos bens culturais”. 

A secretária-executiva, Ana Cristina Wanzeler, vai assumir a pasta interinamente até o anúncio de um novo nome, que deverá ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff após a reunião do G20.

A senadora afirmou que exerceu a função com “coragem e determinação” e que não fugiu “à responsabilidade de meu compromisso público ao me posicionar e ter feito o que acreditava ser o melhor para o Brasil e para o povo brasileiro”.

Marta Suplicy é a primeira ministra a deixar a equipe de Dilma Rousseff após a eleição presidencial. A senadora assumiu a pasta da Cultura em setembro de 2012, quando substituiu Ana de Hollanda no cargo.

Marta ainda expressou o desejo de que Dilma “seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho” e destacou a importância de uma “equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade” do governo.   

Na carta, Marta também ressaltou o que considerou avanços no setor durante sua gestão, como a aprovação do Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de fiscalização do Ecad, a PEC da Música, além de ter enviado à Casa Civil, onde aguardam encaminhamento, o Direito Autoral e a Lei da Meia-Entrada.

Biografia

Marta Suplicy assumiu o Ministério da Cultura em 13 de setembro de 2012, em substituição a Ana de Hollanda. Na ocasião, o governo não informou o motivo da demissão de Ana de Hollanda nem se foi a ex-ministra que pediu para deixar a pasta.

Agora de volta ao Senado, eleita pelo estado de São Paulo com mais de 8 milhões de votos em 2010, Marta foi vice-presidente da Casa entre fevereiro de 2011 e setembro de 2012.

Também foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004 e deputada federal (1995/1998), além de ministra do Turismo (2007/2008).

Marta é psicóloga formada pela PUC-SP, com pós-graduação pela Stanford University e mestrado em Psicologia Clínica pela Michigan State University.

Antes da Cultura, já havia feito parte do alto escalão do governo federal. Ela foi ministra do Turismo entre 2007 e 2008, durante a gestão de Lula. 

 

PF investiga riscos de um atentado terrorista no Brasil

Jornal denuncia atuação do Hezbollah no Brasil

por Jarbas Aragão

PF investiga riscos de um atentado terrorista no Brasil
PF investiga riscos de um atentado terrorista no Brasil

Segundo a denúncia do jornal O Globo deste domingo (9), desde 2006 há uma espécie de sociedade entre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o grupo terrorista Hezbollah.

Documentos da Polícia Federal mostram claros indícios da atuação dos extremistas muçulmanos libaneses, cujo nome significa “Partido de Deus”, na região de fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Entre suas atividades criminosas estão o tráfico internacional de drogas e armas. O Hezbollah repassa para o PCC armamentos e explosivos. Recebem em troca proteção quando seus membros são presos e mandados para os presídios brasileiros. Os principais suspeitos agem em São Paulo e no Paraná, mais especificamente em Foz do Iguaçu.

O relatório da Polícia Federal aponta que “Os libaneses em atividade criminosa, apesar de terem no tráfico de cocaína seu principal foco de atividades, também atuariam no tráfico de armas para grupos criminosos de São Paulo, sendo que, recentemente, também teriam intermediado uma negociação de explosivos (aparentemente C4, sendo também sabido que um carregamento de tal material foi subtraído no Paraguai e vem sendo vendido a preços bem baixos)”.

O monitoramento da PF mostra registros inclusive do risco de um atentado terrorista no Brasil, mas os detalhes não foram revelados. A notícia não chega a ser nova, já que autoridades norte-americanas defende que a região da tríplice fronteira sempre foi palco de atuação de grupos ligados ao terrorismo. O governo dos EUA aponta também que o dinheiro do tráfico de drogas constitui uma das principais fontes de financiamento de grupos terroristas.

O Departamento do Tesouro americano emitiu relatórios desde 2006 mostrando que grupos como o Hezbollah agiam livremente na fronteira, mas o governo brasileiro negava haver provas que terroristas agiam na região do Sul do país. As acusações foram reiteradas nos anos seguintes pelo DEA, agência americana de combate às drogas.

Segundo o no Comitê de Segurança Nacional dos EUA, o supervisor das atividades do Hezbollah na América Latina é o iraniano Moshen Rabbani. Ele é acusado de planejar os ataques terroristas contra judeus em Buenos Aires em 1992 e 1994. O irmão de Rabbani vive no Brasil e teria envolvimento com recrutamento de pessoas que são posteriormente treinados na Venezuela e no Irã.

A postura do Hezbollah, que no Líbano é ao mesmo tempo partido político e facção terrorista, não é diferente de grupos como o Hamas, que trava uma luta constante contra Israel. Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah faz questão de reiterar que os dois grupos são “verdadeiros parceiros nessa resistência, uma parceria da jihad, da fraternidade, da esperança, da dor, do sacrifício e do destino, pois sua vitória é nossa vitória plena, e sua derrota é nossa plena derrota”.